História

A produção de camarão cultivado no Brasil atingiu o pico de 90. 190 toneladas no ano de 2003 e, desde então o setor busca retomar esse nível de produção. Essa atividade se reveste de grande importância para nossa economia rural onde se encontram as fazendas de criação nos Estados do Rio Grande do Norte e Ceará, que juntos lideram a produção nacional. Todavia, entre 2003 e 2010, muitos problemas sanitários apareceram nos sistemas de produção adotados nessas unidades produtivas, entre outros fatores fora da porteira das fazendas. Neste contexto, os últimos anos foram marcados pelo aparecimento da necrose muscular em camarões cultivados na Região Nordeste. Os indivíduos afetados costumam apresentar como principal sintoma necrose nos segmentos abdominais. Lightner (2004) após inúmeros estudos a respeito da Necrose Idiopática Muscular ocorrida no Brasil constatou a presença de um vírus, IMNV (Infectious Myonecrosis Virus), como o agente etiológico causador da enfermidade. Are https://college-homework-help.org you into mountain biking, skateboarding, paintballing; Entretanto, o mesmo autor considera que outros fatores, principalmente de ordem ambiental poderiam está relacionados com a patologia. Igualmente, verificou-se que o estresse provocado no manejo foi o fator de maior impacto para o desencadeamento desta enfermidade. Esse cenário de perda na condição de saúde dos animais aquáticos criados representa um potencial impacto no desempenho zootécnico das produções, principalmente nas taxas de mortalidade, crescimento e conversão alimentar. Esse fato gera um impacto significativo na diminuição da rentabilidade e aumento no nível de risco assumido pelo setor produtivo. Portanto, é de vital importância o estudo das enfermidades que acometem o sistema de produção. Contudo, somente o diagnóstico da ocorrência de doenças já não é suficiente para melhoria desse desempenho zootécnico. Desta forma, inicialmente é de grande importância a ampliação de todo o conhecimento das condições de saúde dos camarões criados nas diferentes regiões produtoras. Igualmente, além desse conhecimento que acometem a cadeia produtiva é de grande importância que os produtores tenham conhecimento das ferramentas que poderão fornecer informações de grande importância e auxiliá-los no processo de gerenciamento do estado de saúde dos camarões que eles criam. Desta forma, tornou-se de grande importância a construção, em conjunto com o setor produtivo, de um programa de melhoria das condições de saúde dos camarões criados no Estado do Rio Grande do Norte e Ceará. Nesse cenário criamos em 2010 o Programa de Saúde nas Fazendas de Camarão (PSF_CAMARÃO). Essa inovação tecnológica gerada através do PSF_CAMARÃO é uma estratégia para inversão do atual modelo de saúde praticado na região que é centrado na doença. Hoje o conceito de saúde não se resume apenas a ausência de doenças e, sim a vários outros fatores relacionados às condições ecológicas de criação, manejo alimentar, manejo de água, manejo populacional, instalações, equipe técnica da fazenda etc. Com esta abrangência na definição da saúde, poderemos perceber que o ciclo doença-cura poderia se reduzir drasticamente ao melhorarmos as condições de vida dos animais, isso porque eles adoeceriam menos. PSF_CAMARÃO surgiu não para resolver todos os problemas, mas com o intuito de praticar a promoção, prevenção e preservação da saúde dos camarões criados nesses Estados. Com isso pretendemos trabalhar com várias formas de diagnóstico nas criações, identificando áreas de risco dentro de seu contexto tecnológico-ambiental. Desta forma, buscaremos ver a propriedade como um todo a fim de restaurar seu bem estar, pois algumas perdas não são provocadas somente por agentes etiológicos, mais pelo próprio sistema de produção adotado.